Cada gota conta: alunas do Colégio Tiradentes lideram campanha de doação de sangue em Santa Maria


O trio esteve ao vivo no Bom Dia, Cidade desta quinta para falar sobre a campanha.Foto: Vitória Sarturi (Diário)

O que começou como uma ideia em sala de aula se transformou em uma campanha que já mobiliza colegas, professores e até instituições de saúde em Santa Maria. Três alunas do segundo ano do Colégio Tiradentes da Brigada Militar decidiram colocar em prática o projeto “Cada gota conta, seja doador de sangue”, uma ação voltada à conscientização sobre a importância da doação e à multiplicação de informações entre jovens e famílias. O assunto foi pauta no Bom Dia, Cidade! desta quinta-feira (25).

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Para Ana Lis Bevilaqua Ribas, de 16 anos, a motivação é pessoal. Inspirada pelo exemplo da mãe, que é doadora há muitos anos, ela não esperou muito: quatro dias após completar a idade mínima, realizou sua primeira doação.

— Primeiramente, a sala se reuniu como grupo e decidimos organizar uma campanha, referente a algum projeto solidário, talvez para levar mais à frente em feiras. Então, eu sugeri a ideia de organizar uma campanha de doação de sangue, porque é uma pauta que meus pais, principalmente minha mãe, sempre defenderam. Ela foi doadora de sangue a vida toda. Então, era uma pauta que sempre considerei muito importante para mim e para toda a minha família. Quando completei 16 anos, no início deste ano, quatro dias depois já fiz minha primeira doação de sangue, na primeira semana em que estava apta. Então, resolvi falar com as meninas, propor a ideia, e elas se interessaram bastante, entraram comigo de cabeça, e começamos a campanha para conscientizar mais jovens da nossa idade — conta Ana Lis.

A iniciativa também tocou a colega Eloísa Brondani.

—  Esse ano, eu também completei 16 anos, mas eu nunca doei sangue, muito por conta do medo de agulha, e também porque eu não sabia que com 16 anos eu já podia doar, então, a desinformação também me impediu de doar. Quando a Ana Lis Ribas chegou para nós com essa ideia, no início eu fiquei um pouco receosa. Mas depois, eu pensei que é uma ação que vai ajudar mais de uma pessoa No decorrer da nossa pesquisa sobre a doação de sangue, a gente descobriu que uma doação pode ajudar até quatro vidas. Então, por exemplo, nós três doando, vamos ajudar 12 pessoas, mas todas as outras pessoas que a gente apresentou o projeto, no colégio, já vai multiplicar o número assim de uma maneira imensurável.

Eduarda Ligório destaca a mobilização dentro da escola. As estudantes passaram em todas as turmas — inclusive nos primeiros anos, em que muitos alunos ainda não têm idade suficiente para doar —, reforçando a importância de se preparar para esse compromisso no futuro.

— Passamos em todas as turmas, até nos primeiros anos, justamente, para ir fazendo com que eles se conscientizem de doar quando fizerem 16 e também para espalharem para outras pessoas, familiares e amigos, que já são aptos para doar. Muitos ainda não tinham informação necessária e não se interessavam por saber. Então, teve muitas perguntas, assim de variados tipos, que a gente nem imaginava que poderia surgir. E muitos colegas se interessaram,realmente,e estão apoiando o projeto, a gente tá muito feliz — comenta ela.

O impacto foi além dos muros do colégio. As estudantes receberam o apoio do Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo. A parceria trouxe respaldo técnico e mais seriedade à campanha.

— Receber esse convite foi muito significativo, conversamos com o Dr. Silvio (diretor clínico), que nos orientou, nos passou orientações muito importantes e técnicas, mais precisas sobre a pauta da doação de sangue, que contribuíram muito para que a gente tivesse também um olhar, uma visão mais técnica do assunto e pudesse passar isso para os nossos colegas posteriormente nas nossas apresentações dentro da instituição. Estamos muito felizes de receber também o apoio do hospital, que, de imediato, já se mostrou muito interessado em nos ajudar, em contribuir com a nossa causa, que é muito importante. 

A campanha também ganhou a adesão do professor Olavo Lopes, orientador das alunas, e do Departamento de Ensino da Brigada Militar, reforçando o alcance do projeto.


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